sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

RECOMEÇO

Ano Novo - Vida Nova...

Esta é a máxima de todos os anos. Mas o fato é que a vida é um eterno recomeço. Estamos sempre recomeçando. E que bom que temos a capacidade de inovar.
Promessas de ano novo são sempre uma forma de recomeçar ... então vamos a elas:

Prometo amar mais.
Prometo me dar mais oportunidades para ser feliz.
Prometo levar a felicidade por onde eu passar.

Então começo o ano enviando um pouco de sorrisos e de boas energias para todos.

Desejo que em 2011 você consiga recomeçar aqueles projetos que foram esquecidos na gaveta, por causa da correria da vida:

Lembra que você prometeu que iria abrir a janela e deixar o sol entrar para iluminar a sua alma, ou que iria dar mais espaço para o sorriso iluminar o seu rosto?

Enfim esperar ter dinheiro para viajar, para então começar a ser feliz, ou pensar que quando você aposentar aí sim será feliz é uma grande roubada. Aproveite este recomeço e lembre-se do que mais importa e venda sorrisos de felicidade no próximo ano.

FELIZ 2011.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

FICCIONALIDADE DO REAL X REALIDADE DO FICCIONAL

A velocidade da informação e da comunicação digital mudaram para sempre a forma de se ler e interpretar o mundo.

O excesso de signos que saturam os campos visuais, sonoros e tantos outros, acaba por produzir uma sensação de hiper-realidade. O indivíduo, imerso nesse sistema, nem sequer se dá conta de que a vida não é um produto a venda em uma prateleira de supermercado ou numa rede qualquer de fast-food.

A sociedade de consumo constrói uma realidade onírica calcada na ilusão gerada pela propaganda. Com efeito, as aparências das coisas, que nos saltam aos olhos, são manipuladas em espaços digitalizados e são construídas para ressaltar não a essência ou natureza do produto, mas a aparência, gerando uma impressão de qualidade e de necessidade. Dessa forma, tudo se consome nos dois sentidos da palavra consumir: tanto consumir de adquirir bens de consumo, quanto consumir de fenecer, acabar, ou seja, ser engolido pelo tempo, assim como Cronos que engolia seus filhos.

Somos consumidos pela mídia, que provoca sempre a sensação de realidade, criando simulacros a fim de nos convencer de sua infalível certeza. E, como resultado, tornamo-nos consumidores de falsas necessidades, as quais nos levam à ilusão de acumularmos riquezas em paraísos virtuais. Enfim, somos consumidos pela ideia de um espaço virtual utópico.

Assim, vivendo das migalhas de uma realidade paralela, esquecemo-nos dos bolsões de miséria, do lixo neoliberal, da realidade que está bem ali ao lado da realidade virtual utópica, como se vivêssemos em um mundo a parte, onde as relações e os valores humanos se esfacelaram.

Mas, felizmente, a arte se impõe, por ser livre de amarras e ser espaço aberto a contradições. A ficção, muitas vezes, provoca os sentidos ao apresentar uma supra realidade que se parece com o mundo real e suas mazelas. Assim, vemos nas telas de cinema filmes como Matrix, Crash, O Cubo entre outros e na arte escrita, autores literários como Saramago, que desmascara o simulacro do mundo virtual, na fotografia, temos Sebastião Salgado que traz a tona as miséria, provocando um choque.

O problema é que, no mundo pós-moderno, a ficção assumiu um papel tão grande em nossas vidas que não podemos mais saber ao certo o que é real ou não, se não vejamos: há lendas urbanas que nos atormentam como realidades plangentes que vão nos engolir, mas ao mesmo tempo a violência é uma realidade com a qual devemos lidar. Acreditamos no homem e na ciência, mas nunca sabemos se a mais nova descoberta é de fato uma verdade. Acreditamos em Deus, mas não sabemos em qual Deus, pois há uma religião nova em cada esquina, e o mais incrível é que cada uma descreve seu deus de uma forma diversa. Acreditamos na família e no casamento, mas as estatísticas mostram que há quase o mesmo número de separações quanto o de uniões, além do mais as pessoas vivem escravas de uma vida infeliz.

Se levantarmos todas as possibilidades de incoerências e incongruências que vemos no mundo, não vamos nos sustentar, pois é mais fácil "viver feliz" em uma "realidade" simulada, a estar o tempo todo se chocando com a realidade. Mas... o que é a realidade? Num mundo onde a ficção tomou conta de todos os espaços, a realidade está com quem? Com o teórico? Com o político? Com o crítico? com o consumidor? com o artista gráfico? ...

A única realidade possível de se ver diz respeito aos índices de violência, descaso com a saúde pública, com os desvios de verbas que deveriam servir aos mais necessitados e promover uma sociedade um pouco mais equilibrada. Mas, será que os índices não são também uma ficção? Até que ponto essas informações não são também fruto de manipulações?

Até a arte chegou a um beco que parecia não ter saída. Pois, com tanta ficção por todos os lados, como fazer o diferencial? Afinal, a ficção é própria da arte e não da realidade.

A arte passa por um processo de derreferencialização, pois, para subsistir, necessita se mostrar real. Ela mesma se questiona: se a natureza própria de seu fazer fundamenta-se na construção de espaços ficcionais, deverá fazer o papel inverso - precisa estar mais perto da realidade para conseguir chamar atenção.

Ainda bem que a arte não cai nessa armadilha de construções de aparência no lugar da essência e continua buscando ser um elemento de representação e não de descrição de uma realidade. O espaço de questionamento permanece aberto, apesar de tudo.

Assim, a literatura, por exemplo, apresenta uma desrefencialização quando desfigura o personagem, quando usa de múltiplos referenciais e cortes temporais. No cinema, as histórias perdem a linearidade tanto temporal, quando de núcleo narrativo. A escultura passa a exacerbar as dimensões das formas humanas e a expor retratos cada vez mais fieis de momentos fracionados do mundo real, e o que dizer da fotografia, que capta instantes dessa realidade fragmentária e global.

Enfim, a criatividade não conseguiu ser suplantada pela criação de universos paralelos, e isso dá uma nova visão à leitura que a arte faz do mundo e de si.

domingo, 19 de dezembro de 2010

TODOS PELA EDUCAÇÃO

Entra ano e sai ano e ouvimos sempre a mesma conversa: A educação precisa ser prioridade nesse país. E agora temos uma série de debates entre vários segmentos das sociedade sobre como fazer para o Brasil avançar nos números que são gerados a cada ano.

Vão aqui algumas sugestões, que se forem seguidas à risca, tornarão a preocupação com os dados estatísticos menos relevante:

  1. Definir um plano nacional de carreira docente, com um salário que faça as pessoas desejarem ser professores, porque terão certeza de que serão socialmente inclusos.
  2. Definir metas de formação inicial e continuada para o corpo docente.
  3. Redução do número de alunos em sala de aula.
  4. Redução da carga de docência direta, e incentivo ao estudo e pesquisa.
  5. Reconstrução das escolas (todas devem ter pelo menos - quadra coberta para esportes, auditório equipado, sala de artes - equipada, laboratórios de informática, química, física e ciência naturais, biblioteca para alunos com profissionais formados para essa função, biblioteca para professores) minimamente.
  6. Redução de turma quando a comunidade onde o risco social for elevado.
  7. Criação de uma equipe multidisciplinar para as escolas onde os níveis de renda forem mais baixos.
  8. Oferecer um fundo de auxílio às escolas situadas em comunidades de risco social.
  9. Autonomia de gestão, ou seja, gestão qualitativa, com profissionais formados para essa função, pois direção de escola não pode ser cargo de indicação política.
  10. Criar uma rede de apoio ao professor, para casos de agressão.
  11. Reformulação do Estatuto da Criança e do Adolescente.
  12. Criar uma forma de avaliação profissional
  13. Fortalecer a coordenação pedagógica, com obrigatoriedade de profissional preparados para essa função.
  14. Dar autonomia à coordenação pedagógica para acompanhar o trabalho docente.
Caso essas questões sejam atendidas, em pouco tempo teremos um novo ranking na educação brasileira.

A grande tristeza é que isso é apenas um sonho.

E as pessoas que tem a obrigação de pensar na viabilidade dessas propostas estão mais preocupadas em aumentar os seus próprios salários, até porque é complicado viver com 24 mil reais por mês nesse país. Pobre coitados dos nossos legisladores.... eles não podem ganhar tão pouco...

Mas afinal, quem somos nós, professores?

Devemos viver com nossos míseros trocados ... com a falta de atenção, falta de verba, falta de materiais, falta de VERGONHA NACIONAL.

E ainda temos que tolerar a desvalorização social, agressões verbais e físicas por exercermos a nossa digna profissão.

Será que ainda termos a felicidade de ver a valorização do professor na nossa sociedade?


sábado, 18 de dezembro de 2010

PROFESSORES - PROTESTAR É PRECISO...

’ACUSE !!!
(Eu acuso !)
(Tributo ao professor Kássio Vinícius Castro Gomes)

Igor Pantuzza Wildmann
Advogado – Doutor em Direito. Professor universitário

« Mon devoir est de parler, je ne veux pas être complice. (Émile Zola)
Meu dever é falar, não quero ser cúmplice. (...) (Émile Zola)

Foi uma tragédia fartamente anunciada. Em milhares de casos, desrespeito. Em outros tantos, escárnio. Em Belo Horizonte, um estudante processa a escola e o professor que lhe deu notas baixas, alegando que teve danos morais ao ter que virar noites estudando para a prova subsequente. (Notem bem: o alegado “dano moral” do estudante foi ter que... estudar!).

A coisa não fica apenas por aí. Pelo Brasil afora, ameaças constantes. Ainda neste ano, uma professora brutalmente espancada por um aluno. O ápice desta escalada macabra não poderia ser outro.

O professor Kássio Vinícius Castro Gomes pagou com sua vida, com seu futuro, com o futuro de sua esposa e filhas, com as lágrimas eternas de sua mãe, pela irresponsabilidade que há muito vem tomando conta dos ambientes escolares.

Há uma lógica perversa por trás dessa asquerosa escalada. A promoção do desrespeito aos valores, ao bom senso, às regras de bem viver e à autoridade foi elevada a método de ensino e imperativo de convivência supostamente democrática.

No início, foi o maio de 68, em Paris: gritava-se nas ruas que “era proibido proibir”. Depois, a geração do “não bate, que traumatiza”. A coisa continuou: “Não reprove, que atrapalha”. Não dê provas difíceis, pois “temos que respeitar o perfil dos nossos alunos”. Aliás, “prova não prova nada”. Deixe o aluno “construir seu conhecimento.” Não vamos avaliar o aluno. Pensando bem, “é o aluno que vai avaliar o professor”. Afinal de contas, ele está pagando...

E como a estupidez humana não tem limite, a avacalhação geral epidêmica, travestida de “novo paradigma” (Irc!), prosseguiu a todo vapor, em vários setores: “o bandido é vítima da sociedade”, “temos que mudar ‘tudo isso que está aí’; “mais importante que ter conhecimento é ser ‘crítico’.”

Claro que a intelectualidade rasa de pedagogos de panfleto e burocratas carreiristas ganhou um imenso impulso com a mercantilização desabrida do ensino: agora, o discurso anti-disciplina é anabolizado pela lógica doentia e desonesta da paparicação ao aluno – cliente...

Estamos criando gerações em que uma parcela considerável de nossos cidadãos é composta de adultos mimados, despreparados para os problemas, decepções e desafios da vida, incapazes de lidar com conflitos e, pior, dotados de uma delirante certeza de que “o mundo lhes deve algo”.

Um desses jovens, revoltado com suas notas baixas, cravou uma faca com dezoito centímetros de lâmina, bem no coração de um professor. Tirou-lhe tudo o que tinha e tudo o que poderia vir a ter, sentir, amar.

Ao assassino, corretamente , deverão ser concedidos todos os direitos que a lei prevê: o direito ao tratamento humano, o direito à ampla defesa, o direito de não ser condenado em pena maior do que a prevista em lei. Tudo isso, e muito mais, fará parte do devido processo legal, que se iniciará com a denúncia, a ser apresentada pelo Ministério Público. A acusação penal ao autor do homicídio covarde virá do promotor de justiça. Mas, com a licença devida ao célebre texto de Emile Zola, EU ACUSO tantos outros que estão por trás do cabo da faca:

EU ACUSO a pedagogia ideologizada, que pretende relativizar tudo e todos, equiparando certo ao errado e vice-versa;

EU ACUSO os pseudo-intelectuais de panfleto, que romantizam a “revolta dos oprimidos”e justificam a violência por parte daqueles que se sentem vítimas;

EU ACUSO os burocratas da educação e suas cartilhas do politicamente correto, que impedem a escola de constar faltas graves no histórico escolar, mesmo de alunos criminosos, deixando-os livres para tumultuar e cometer crimes em outras escolas;

EU ACUSO a hipocrisia de exigir professores com mestrado e doutorado, muitos dos quais, no dia a dia, serão pressionados a dar provas bem tranqüilas, provas de mentirinha, para “adequar a avaliação ao perfil dos alunos”;

EU ACUSO os últimos tantos Ministros da Educação, que em nome de estatísticas hipócritas e interesses privados, permitiram a proliferação de cursos superiores completamente sem condições, freqüentados por alunos igualmente sem condições de ali estar;

EU ACUSO a mercantilização cretina do ensino, a venda de diplomas e títulos sem o mínimo de interesse e de responsabilidade com o conteúdo e formação dos alunos, bem como de suas futuras missões na sociedade;

EU ACUSO a lógica doentia e hipócrita do aluno-cliente, cada vez menos exigido e cada vez mais paparicado e enganado, o qual, finge que não sabe que, para a escola que lhe paparica, seu boleto hoje vale muito mais do que seu sucesso e sua felicidade amanhã;

EU ACUSO a hipocrisia das escolas que jamais reprovam seus alunos, as quais formam analfabetos funcionais só para maquiar estatísticas do IDH e dizer ao mundo que o número de alunos com segundo grau completo cresceu “tantos por cento”;

EU ACUSO os que aplaudem tais escolas e ainda trabalham pela massificação do ensino superior, sem entender que o aluno que ali chega deve ter o mínimo de preparo civilizacional, intelectual e moral, pois estamos chegando ao tempo no qual o aluno “terá direito” de se tornar médico ou advogado sem sequer saber escrever, tudo para o desespero de seus futuros clientes-cobaia;

EU ACUSO os que agora falam em promover um “novo paradigma”, uma “ nova cultura de paz”, pois o que se deve promover é a boa e VELHA cultura da “vergonha na cara”, do respeito às normas, à autoridade e do respeito ao ambiente universitário como um ambiente de busca do conhecimento;

EU ACUSO os “cabeça – boa” que acham e ensinam que disciplina é “careta”, que respeito às normas é coisa de velho decrépito,

EU ACUSO os métodos de avaliação de professores, que se tornaram templos de vendilhões, nos quais votos são comprados e vendidos em troca de piadinhas, sorrisos e notas fáceis;

EU ACUSO os alunos que protestam contra a impunidade dos políticos, mas gabam-se de colar nas provas, assim como ACUSO os professores que, vendo tais alunos colarem, não têm coragem de aplicar a devida punição.

EU VEEMENTEMENTE ACUSO os diretores e coordenadores que impedem os professores de punir os alunos que colam, ou pretendem que os professores sejam “promoters” de seus cursos;

EU ACUSO os diretores e coordenadores que toleram condutas desrespeitosas de alunos contra professores e funcionários, pois sua omissão quanto aos pequenos incidentes é diretamente responsável pela ocorrência dos incidentes maiores;

Uma multidão de filhos tiranos que se tornam alunos -clientes, serão despejados na vida como adultos eternamente infantilizados e totalmente despreparados, tanto tecnicamente para o exercício da profissão, quanto pessoalmente para os conflitos, desafios e decepções do dia a dia.

Ensimesmados em seus delírios de perseguição ou de grandeza, estes jovens mostram cada vez menos preparo na delicada e essencial arte que é lidar com aquele ser complexo e imprevisível que podemos chamar de “o outro”.

A infantilização eterna cria a seguinte e horrenda lógica, hoje na cabeça de muitas crianças em corpo de adulto: “Se eu tiro nota baixa, a culpa é do professor. Se não tenho dinheiro, a culpa é do patrão. Se me drogo, a culpa é dos meus pais. Se furto, roubo, mato, a culpa é do sistema. Eu, sou apenas uma vítima. Uma eterna vítima. O opressor é você, que trabalha, paga suas contas em dia e vive sua vida. Minhas coisas não saíram como eu queria. Estou com muita raiva. Quando eu era criança, eu batia os pés no chão. Mas agora, fisicamente, eu cresci. Portanto, você pode ser o próximo.”

Qualquer um de nós pode ser o próximo, por qualquer motivo. Em qualquer lugar, dentro ou fora das escolas. A facada ignóbil no professor Kássio dói no peito de todos nós. Que a sua morte não seja em vão. É hora de repensarmos a educação brasileira e abrirmos mão dos modismos e invencionices. A melhor “nova cultura de paz” que podemos adotar nas escolas e universidades é fazermos as pazes com os bons e velhos conceitos de seriedade, responsabilidade, disciplina e estudo de verdade.


domingo, 5 de dezembro de 2010

Sugestões de Leitura

Oi meninas,

Resolvi deixar aqui uma lista de textos. DEGUSTEM...

ALLIENDE, Felipe, CONDEMARÍN, Mabel. A Leitura - Teoria, Avaliação e Desenvolvimento. Porto Alegre: Artmed, 2005.

VIEIRA, Josênia Antunes e outros. Reflexões sobre a Língua Portuguesa - Uma abordagem multimodal. São Paulo: Ed Vozes,2007.

GUEDES, Paulo Coimbra. A formação do Professor de Português. - Que língua vamos ensinar?. São Paulo: Parábola Editorial, 2007.

KATO, Mary. O aprendizado da Leitura. São Paulo. Martins Fontes, 2007.

PAULIUKONIS, Maria Aparecida Lino, GAVAZZI, Sigrid (Org). Da Língua ao Discurso - reflexões para o ensino. 2ª ed. Rio de Janeiro: Lucerna, 2007

MOLLICA, Maria Cecília. Fala, Letramento e Inclusão Social. São Paulo: Contexto, 2007

Por enquanto esses.

Um abraço

Tamar Rabelo

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

E agora nossa caminhada recomeça...

Caras cursistas de Mato Grosso do Sul...

Adorei conhecê-las, nossa turma só tem professoras dedicadas.

O trabalho está encaminhado e agora vamos reforçar as tarefas de casa:

1 - Criação do BLOG, importante enviar-me os endereços até o dia 11/12/2010.
Criado o blog vamos iniciar as postagens.

  • Memorial do processo de sua formação como leitor
  • Textos reflexivos sobre os temas abordados na semana de formação - o que acrescentou o que já estava em sua prática, o que modificou na sua percepção do trabalho com a língua porguesa.
  • Um texto reflexivo por mês sobre os temas das TP3 e TP4 ( totalizando 5 textos até o nosso próximo encontro)
  • Assim que iniciar o curso, deverá acontecer uma postagem para cada atividade realizada.
  • Utilizem esse recurso ao máximo colocando imagens, vídeos, filmagens dos trabalhos dos cursistas, dos alunos dos cursistas. Vamos deixar este espaço bem bonito.

2 - Precisam enviar por e-mail:

O planejamento do curso com o cronograma de todas as oficinas e toda a distribuição de carga horária do curso. O prazo será o dia 15/02/2011.

  • Desejo a todas um bom retorno e que os trabalhos do Gestar II sejam enriquecedores para vocês e suas cursistas.

Um grande abraço

Boas festas e um Ano Novo repleto de coisas inovadoras.

Tamar Rabelo

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Trabalhando com os Gêneros Textuais

O trabalho com os gêneros textuais tem se tornado cada vez mais usual nas escolas brasileiras. Este trabalho tem reforçado a necessidade de focar a prática de leitura e escrita em sala de aula. Alguns perguntam se isso não passa de uma nova moda no processo de educacional, como tantas outras correntes que já foram utilizadas e muitas vezes impostas aos professores como métodos de trabalho milagroso que resolveria sanaria as lacunas existentes no processo educacional e que deixa o país a margem dos indicadores de qualidade internacional da educação.
Para elucidar essa questão temos alguns bons argumentos
  1. Não existe forma de se comunicar que não seja a interação entre os interlocutores, ou seja, o falante e o ouvinte, o emissor e o recptor necessitam obrigatoriamete estar em sintonia, seja de forma verbal ou não verbal, escrita ou oral. Assim, produzimos sempre sentido, e captamos o sentido daquilo que o outro nos transmite, portanto estamos sempre utilizando algum tipo de texto para desenvolver a nossa expressão.
  2. Toda a comunicação se dá por meio de textos estruturados, dentro de uma norma socialmente determinada. Portanto não utilizamos um sermão sacerdotal quando queremos apenas rir um pouco com os amigos, adequamos intuitivamante o conteúdo da informação com a situação de uso da fala ou da escrita o tempo todo.
  3. Materializamos a nossa expressão em gêneros textuais, de forma consciente ou não.
  4. Não existe texto agramatical, todo a estrutura textual constitui-se a partir de um grupo determinado de regras gramaticais que se combinam e recombinam o tempo todo, gerando a coesão e a coerência da informação.

Diante dos fatos expostos, chegamos a um ponto central: como ensinar de forma desarticulada aquilo que é articulado?

A grande questão não é que uma nova moda surgiu e como tantas outras será abandonada na próxima estação. Esta metodologia está ancorada em um estudo já consolidado, embasado nas pesquisas e avaliações da prática e do uso da língua.

Pensando bem, só faz sentido ensinar alguma coisa que será utilizada e aproveitada ao longo da vida, dessa forma, é importante fazer com que os nossos alunso reflitam sobre a importância do uso da gramática e como é fundamental aprender utilizar a linguagem e se comunicar com competência.